Para você, leitor, todo domingo à noite parece ser o momento torturante? Encerrar o expediente e ir para a casa durante a semana é alívio a ponto de fazer o seu humor melhorar? E durante o seu horário de trabalho, o mínimo ruído anda tirando você do sério? Se a resposta for sim para alguma dessas perguntas, recomendamos que você continue lendo esse texto e se informe mais sobre qualidade de vida no trabalho. A sua ‘luz vermelha’ de equilíbrio emocional pode estar acesa e você não tenha se dado conta ainda.
Em pleno mês em que se comemora do Dia do Internacional do Trabalho, a Prefeitura de Itajaí traz uma série de matérias sobre o período da vida em que praticamente 100% dos viventes estão passando ou irão passar algum dia: a trajetória profissional. É por passarmos mais de 70% da duração de nossas vidas trabalhando que essa atividade precisa ser prazerosa e merece cuidado quando percebemos que estamos cada vez mais estressados cumprindo nossas funções.
Entre as profissões que mais estão suscetíveis a sofrer estresse elevado são os profissionais que atuam na área da saúde. Um exemplo são os bombeiros, cuja função é justamente lidar com situações de extrema responsabilidade todos os dias. Quem dá as dicas é a especialista da Coordenadoria de Perícia Médica e Saúde Ocupacional do Município, Liliane Miranda Gervásio. Isso não significa, no entanto, que outras profissões estejam imunes ao problema. “O estresse não está diretamente ligado ao tempo de trabalho de uma pessoa, ele dependerá da junção de uma série de fatores”, explica.
Para Liliane, o trabalho pode se tornar um fardo pesado demais para se carregar por diferentes razões, seja pelo modo de ser da própria pessoa ou de problemas externos que surgem no caminho. Para facilitar, ela exemplifica:
1. Se o seu ambiente de trabalho o expõe a muitos riscos e, ao mesmo tempo, você é daquele tipo de pessoa cri-cri, que gosta de checar tudo nos mínimos detalhes, essa combinação pode acumular experiências negativas e, com o passar do tempo, levá-lo a um quadro de estresse.
2. Já se você é do tipo que lida bem com pressões e consegue contornar situações problemáticas com rapidez, mas em contrapartida o seu ambiente de trabalho é muito competitivo, você também é um candidato com maiores chances de virar um trabalhador estressado.
Parece complicado? O ideal, explica Liliane, é observar possíveis mudanças no próprio comportamento e não deixar para depois quando se percebe que trabalhar virou uma atividade sacrificante no meio da rotina. “Jamais deveríamos negligenciar um estresse, pois ele pode gerar consequências irreversíveis”, alerta a especialista.
Essa sobrecarga emocional pode provocar doenças que não se resumem à depressão, mas problemas associados como obesidade, diabetes, disritmia na frequência cardíaca e na pressão arterial.
De imediato, ela orienta as pessoas que se identificar como alguma delas, para que procure ajuda e evite que o acúmulo de pequenos desconfortos se revertam em problemas mais graves.
Situações mais comuns que causam estresse no trabalho:
- Falta de clareza de suas funções: quando o funcionário atua como um “quebra galho”;
- Comunicação ineficaz: falta de empatia por parte dos colegas e também das chefias;
- Quando ao funcionário não é permitido algum grau de participação nas tomadas de decisões do próprio ambiente em que está inserido;
- Excesso de trabalho;
- Assédio Moral (seja ele explícito ou velado);
- Insegurança com relação ao próprio trabalho por falta de autonomia.
Na dúvida, completa Liliane, nunca é demais procurar um especialista.
-----------------------------------
Veja também no Especial Dia do Trabalho:
1. A busca dos jovens pelo primeiro emprego
2. Itajaí é a 2ª maior geradora de empregos de SC
3. Capacitação é alternativa para quem já passou dos 30