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A Tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), que ataca preferencialmente o pulmão e é transmitida pelo ar, por meio de tosse e espirro. Entre seus principais sintomas, estão a tosse e escarro por mais de três semanas, falta de apetite, emagrecimento, dor no peito, suor noturno e febre baixa no final da tarde.

Dados do Ministério da Saúde sobre a doença no ano de 2013 apontam que foram notificados 71.123 casos de tuberculose em todo o país. Em Santa Catarina, os números foram d 1.867 casos, o que representa uma incidência de 28 pessoas infectadas em cada grupo de 100 mil habitantes. Já Itajaí teve 144 notificações, o que significa que para cada 100 mil habitantes foram registrados 78 casos.

Para diminuir estes números, os profissionais da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde desenvolvem diversas ações.

Dentre elas, desde março deste ano ocorre a distribuição de materiais informativos para orientar a população sobre o que é a doença, formas de transmissão e prevenção. E também foi iniciado um programa de treinamento de equipes nas Unidades de Saúde (US) para o trabalho na identificação de possíveis novos casos por meio da busca de sintomáticos respiratórios, e capacitação para Médicos, Enfermeiros, Técnicos em Enfermagem e Agentes de Saúde por meio do da Gerência de Agravos Crônicos da DVE/SMS, com apoio do Programa de Controle da Tuberculose e da Residência Multiprofissional da Univali.

Todas as Unidades de Saúde estão recebendo a capacitação. Até o momento, já passaram pelo treinamento: nove profissionais da US Costa Cavalcante, seis do Promorar II, 16 do Imaruí, 15 da US Cidade Nova II, 26 profissionais da US Jardim Esperança, quatro do São João, 15 da Itaipava, 12 do Bambuzal, 14 de Espinheiros; além de 21 profissionais, incluindo o NASF, da US de Cordeiros, 19 da Policlínica São Vicente, sete integrantes da US da Canhanduba e quatro da US do Limoeiro.

Depois destas, outras dez Unidades de Saúde de Itajaí vão receber a capacitação da Gerência de Agravos Crônicos durante os meses de agosto e setembro.
De acordo com a Gerente de Agravos Crônicos da DVE/SMS, enfermeira Muriel Campos Laus, as visitas às unidades tem tido um bom retorno no trabalho do controle da tuberculose, visto que nestas capacitações são abordados todos os profissionais das equipes de Saúde da Família (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde) e demais profissionais da rede. “Estas visitas fazem com que a Vigilância Epidemiológica, Programa de Controle de Tuberculose e as unidades fiquem mais próximas, aumentando o vínculo entre os profissionais e facilitando o fluxo de trabalho”, completa.

Conhecimento para combater a discriminação

Segundo a Diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Rachel Marquetti, “as principais ações para o controle da tuberculose envolvem a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado”. Para ela, além destas medidas, é necessária a aplicação da educação em saúde, esclarecendo quanto aos aspectos importantes da doença, sua transmissão, prevenção e tratamento. O mesmo pensamento tem o secretário de Saúde, Osvaldo Gern, que acrescenta: “A educação em saúde é extremamente importante porque o desconhecimento leva à discriminação do doente, no âmbito familiar e profissional, além de comprometer o processo de cura”, finaliza.

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