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O que levar à escola ou academia e de que forma levar é um dilema que há algum tempo a população enfrenta. Os cuidados, antes focados nas crianças, tornaram-se também uma preocupação dos especialistas com frequentadores de academia e mulheres que utilizam as chamadas “maxi bolsas”.

“As bolsas grandes podem ser lindas, mas devido ao seu tamanho que permite transportar mais coisas, a mulher acaba prejudicando a coluna”, informa a fisioterapeuta do Centro de Referencia da Criança e da Mulher (Crescem), Caroline Tomazzi. O correto, segundo a profissional, é levar apenas o necessário na bolsa.

Livros, cadernos, pastas, lanche. Só com itens básicos, a mochila do estudante já adquire um bom peso. Somada a outros materiais como objetos eletrônicos, brinquedos e roupas, o peso pode ultrapassar o recomendado por fisioterapeutas e ortopedistas e se tornar um potencial problema de postura e até de coordenação motora.

A postura correta na infância significa menos problemas na vida adulta. “É importante apresentar medidas de educação postural para as crianças para evitar que elas se transformem em adultos problemáticos”, orienta.

Na educação infantil e no ensino fundamental I (1º ao 5º ano), é mais fácil controlar o peso da mochila. Pais e professores estão atentos e fiscalizam o que as crianças carregam. Depois fica mais difícil, pois pré-adolescentes e adolescentes não permitem tanta vigilância. “É nesta fase que os problemas posturais ficam mais sérios”, revela.

A maneira como carregar, erguer ou retirar a mochila das costas faz toda diferença. Se comparada a bolsas de uso lateral, a mochila com duas alças é a mais indicada, pois distribui o peso dos objetos pelos músculos e abdômen. Segundo os fisioterapeutas, o mau uso da mochila pode ocasionar dor muscular, ferimentos abrasivos e problemas na coluna - o peso pode afetar as articulações, influenciando no desenvolvimento das crianças.

Mochilas com alça X Mochilas com rodinhas

Muitos pais acreditam que a mochila com rodinhas é a melhor opção para a criança. Engano! "A altura do puxador tem que ser adequada à altura da criança, e o peso também não pode ultrapassar a porcentagem limite”, ressalta a especialista. Segundo ela, caso isso aconteça, o esforço da criança ao puxar o carrinho pode causar lesões tão sérias quanto carregar a mochila nas costas.

O uso incorreto das mochilas pode acarretar problemas que se não tratados podem levar a prejuízos na saúde para a vida toda. É comum encontrar jovens com problemas de postura e dores nas articulações. Os problemas mais comuns são: dor muscular, alterações posturais, fadiga e irritabilidade. Quando a criança é diagnosticada com esses problemas, o tratamento de reabilitação é iniciado com sessões de fisioterapia e exercícios de compensação.